segunda-feira, 13 de junho de 2011



POVO DO ORIENTE

Os Mestres do Oriente trabalham em diversas religiões, inclusive na Umbanda.

São muito discretos em sua forma de se apresentar e trabalhar, e estas formas mudam de acordo com a religião ou local em que irão atuar.

São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual.

Alguns deles não demonstram muito sentimento, mas mesmo assim têm muita vontade de ajudar ao próximo, com o tempo tendem a evoluir também para um sentimento maior de amor ao próximo.

São extremamente práticos não aceitando conversas banais ou ficar se estendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual estamos habituados na Umbanda.

Para se ter uma idéia melhor, sua consulta seria o pólo oposto à consulta com um Preto Velho.

Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional.

Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados.

Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem à longas meditações.

São espíritos que quando encarnados foram:
Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais.

Uma das falanges que mais tem enviado espíritos à Corrente Astral de Umbanda, é, sem dúvida, a do Povo do Oriente.

Depois que a Umbanda foi anunciada em 15 de novembro de 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, este espírito, além de convocar para o labor o Preto-Velho Pai Antônio, trouxe também um outro colaborador astral que tivera encarnação como sacerdote no continente asiático. Apresentou-se este espírito com o nome de Caboclo Orixá Malé (Irradiação de Ogum), entidade de muita luz e força, e experiente no combate a baixa magia.

Observamos, portanto, que espíritos que tiveram vida corpórea nas regiões orientais do globo terrestre, já estavam cerrando fileiras na religião de Umbanda.

Os espíritos orientais vieram à Umbanda com a missão maior de humanizarem corações endurecidos, de fecundarem no mental das pessoas os reais valores espirituais, morais, éticos e de comportamento, em consonância com os ensinos do Mestre Jesus.

O Povo do Oriente não se constitui em linha ou irradiação tal como as de Oxósse, Iemanjá, Ogum etc. É uma imensa legião de espíritos que estão ligados à Irradiação de Oxalá. Esta falange tem como patrono um espírito irradiador de muita luz, e que em sua última encarnação conhecida recebeu o nome de João Batista, aquele que batizava o povo e anunciava a chegada do Messias.

O símbolo dos falangeiros do oriente é o sol, astro-rei, cujo nascer acontece no oriente ou ponto cardeal leste, e a sua cor é o amarelo, que representa sabedoria e elevação espiritual.

Aproveitamos o presente tema para esclarecermos a médiuns e assistentes que em alguns terreiros, por conta de supostas atividades de espíritos de origem oriental, alguns "médiuns" dizendo-se manifestados por estes espíritos, estão se colocando em posição de mãos e pés cruzados, ou seja em posição de meditação ou de Lótus, usando turbantes e sentados em tapetes coloridos, num verdadeiro espetáculo teatral, atraindo assim os descuidados.

Os orientais não têm o mínimo interesse e necessidade de se apresentarem de tal forma.

Infelizmente virou moda para alguns vaidosos dizerem aos quatro cantos que trabalham com espíritos orientais.

Fiquem atentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário