terça-feira, 21 de maio de 2013

A Aagonia da Umbanda


Meus irmãos Umbandista vamos nos unir para acabar com esta agonia da nossa Umbanda, vamos levantar a bandeira da Umbanda ir de verdade e não só dentro dos terreiro, ou nos trabalhos, vamos gritar para o mundo, divulgar e mostrar que somos Umbandista e somos felizes por isto, não vamos nos esconder atrás de nenhuma religião porque temos a nossa religião maravilhosa que trabalha para o bem, para caridade, para o amor e para o cristo, existem altos e baixo, claro que sim, se não tivesse altos e baixo com teríamos aprendizados.
Então meus irmãos vamos vesti esta camisa e levantar esta bandeira como todas as outra religiões fazem.
Um forte Abraço de Luz.
LEIAM O TEXTO E DIVUGEM:

Recentemente participamos de um debate no forum da RBU, onde surgiu novamente o assunto do crescimento ou diminuição do número de praticantes da religião  umbandista.
Achei que seria interessante registrar aqui no Blog de estudos algumas considerações sobre este tema.
Quem é umbandista atuante e não mero frequentador de Terreiros, já teve oportunidade de participar de debates semelhantes sobre esta questão, ou já ouviu de algumas lideranças que  “existem milhões de umbandistas no Brasil”.
Quando buscamos dados mais consistentes sobre o número real umbandistas e as informações obtidas não confirmam a afirmação acima, a resposta é que o método utilizado pelo IBGE no censo é errado, ou que existe muito preconceito sobre a religião e as informações são manipuladas, ou que o Umbandista é preconceituoso e se esconde atrás de outras religiões, como a Católica ou o Espiritismo.
Existem aqueles que ainda se comportam como no mito do avestruz que enterra a cabeça no chão  quando  se sente acuado, não querem saber de nada, se escondem e acham que a umbanda vai muito bem, que os Orixás cuidam de tudo, que tudo é bobagem, perda de tempo etc…
Já faz alguns anos que pesquisamos sobre esta questão, em 2002 escrevemos um texto onde fazíamos um levantamento dos dados estatísticos do IBGE de 1991 e 2000.
Em 1991 segundo dados do Censo existiam no Brasil 648.463 pessoas que se diziam praticantes de Umbanda ou Candomblé, já em 2000 este número se reduziu para 571.329 o que mostrava uma redução significante de 11,89% no número dos praticantes.
Segue abaixo imagens dos dados fornecidos pelo IBGE:
 É interessante registrar que nesta época o número de praticantes do Candomblé era bem inferior ao número de praticantes da Umbanda.
Mesmo com estas informações, que consideramos seguras, técnicas e que servem de base para diversas políticas públicas, nossos irmãos umbandistas continuavam a criticar as informações e  defenderem o “mito” de que existiam milhões de umbandistas no Brasil.
É incrível como as pessoas se iludem e possuem resistência  a aceitar informações reais, positivas e lógicas.Quando da realização do Censo de 2010 fizemos uma verdadeira campanha com vídeos, textos, e-mail´s para que os Umbandistas, que por algum motivo, se escondiam atrás de outras religiões que assumissem que eram Umbandistas e não espíritas ou Católicos.
O resultado do censo 2010 saiu e para nossa decepção, o número de umbandistas continuava a diminuir.
Quando participamos recentemente deste debate no fórum da RBU, fizemos uma pesquisa rápida no Google e localizamos um texto de 2004 do professor  Antônio Flávio Pierucci com o  título de “Bye bye, Brasil” – o declínio das religiões tradicionais no Censo 2000.
O link do texto completo encontra-se no final deste artigo.
Antônio Flávio Pierucci faleceu em junho de 2012, era sociólogo, professor e chefe do departamento de sociologia da  USP, filósofo, autor de vários livros e artigos sobre religião, pesquisador do CEPRAB e secretário geral da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC, ou seja, uma pessoa gabaritada para estudar e falar sobre  as informações fornecidas pelo IBGE.
Neste artigo Pierucci comenta sobre a retração numérica da umbanda, reproduzimos abaixo um pequeno trecho:
“Nos anos de 1960 era comum nos meios intelectuais, acadêmicos ou não, referir-se à umbanda como aquela, dentre as religiosidades afro-brasileiras, que parecia ter sido feita de encomenda não só para os negros, mas “para todos os brasileiros”. The Umbanda is for All of Us é o título de um mestrado defendido na Universidade de Wisconsin pela demógrafa e socióloga paulista Maria Stella Ferreira Levy. Isso foi em 1967.
Nesse mesmo ano, precisamente em 1967, o Serviço de Estatística Demográfica, Moral e Política do Ministério da Justiça informava a quem pudesse interessar que o número de umbandistas no Brasil estava na casa dos 240 mil – 240.088, para sermos exatos – e, além disso, mostrava que os brasileiros frequentadores de centros de umbanda estavam aumentando de forma notável naquela década, quase triplicando, visto que os registros do mesmo órgão para o ano de 1964, só três anos antes, haviam chegado à existência de apenas 93.395 umbandistas. Pelos estudos de Lísias Nogueira Negrão, especialista no tema, a década seguinte é que assistiria, particularmente no período de 1974 a 1976, “o momento culminante do crescimento da umbanda”, religião que se queria “afro” porém “para todos”, noutras palavras: étnica e universal.
Desde que surgiu no Rio de Janeiro na década de 1920, e já nas décadas de 1930 e 1940 começava a se disseminar pelo tecido urbano mais moderno do País, o das cidades grandes da região mais desenvolvida, o Sudeste, a umbanda foi vista como uma religião brasileira; para alguns, a religião que melhor encarnava a tradição sincrética nacional. A perspectiva da construção de uma identidade nacional esteve sempre à mão entre os intelectuais, pelo menos desde a República, o que desde logo favoreceu toda uma boa vontade com a umbanda. Afirmativamente afro e marcantemente popular, ela não se fechava etnicamente em sua negritude, mas se oferecia brasileiramente a todos os brasileiros. Pensava suas raízes como plenamente brasileiras e não simplesmente africanas. E povoava o panteão de deuses africanos, os orixás, com suas “linhas” de espíritos desencarnados de personagens tipicamente brasileiros: índios, caboclos, baianos, boiadeiros etc. O africanismo brasileiro em sua forma umbandista desde sempre se apresentou e se representou como uma “mistura típica”, “bem nacional”, de ingredientes de proveniência diversa, porém, ressignificados como autóctones. Isso o imunizou de qualquer pudor de embarcar nas diferentes ondas de nacionalismo cultural que se manifestariam em nossa história republicana a partir dos anos de 1930.
Apesar da incensada “brasilidade” da umbanda, apesar do desejado impacto demográfico que aos olhos dos estudiosos sua recepção mereceria ter para ela assim consolidar-se no concerto (multi)cultural das religiões em nosso País, ela começou a entrar em refluxo já na década de 1980. É o que informa Lísias Negrão. E desde então, ao que tudo indica, não parou mais de encolher aos poucos, recolhendo-se pouco a pouco, em sua fragilidade e modéstia.
A Tabela 4, que reúne dos três últimos censos demográficos as porcentagens referentes aos principais conjuntos religiosos, comparece neste artigo antes de tudo pela informação agregada que fornece a respeito das religiões afro-brasileiras. Impactados desde a Tabela 2 pelas diminutas cifras com que tanto a umbanda quanto o candomblé se mostram no censo 2000, vemos agora pela Tabela 4 que a perda de seguidores no conjunto dos cultos afro-brasileiros é lenta, gradual e contínua nas duas últimas décadas do século XX.
Dos 0,57% de brasileiros que declaravam pertencer à umbanda ou ao candomblé em 1980, apenas 0,44% o fazem em 1991 e em 2000 ainda menos: 0,34%.
A partir de 1991, quando o IBGE passou a separar umbanda de candomblé, tornou-se possível discernir qual das duas está perdendo terreno: é a umbanda, que cai de 541.518 em 1991 para 432.001 seguidores em 2000 (uma perda superior a cem mil adeptos), enquanto o candomblé, no mesmo período cresce de 106.957 para 139.329 participantes (um acréscimo superior a trinta mil adeptos). “
Confirmamos pelo artigo do professor Pierucci o que já tínhamos afirmado em 2002, o número oficial de umbandistas vem caindo gradativamente e para nós que somos umbandistas, que sabemos da beleza e da profundidade de conhecimentos e espiritualidade que esta religião possui, não podemos ficar inertes neste momento.
É preciso chamar mais uma vez os verdadeiros umbandistas a reflexão e a uma tomada de posição.
Vale destacar, do que foi apresentado acima, alguns questões para reflexão e possível mobilização por partes dos interessados, que neste caso somos todos nós umbandistas.
a) Enquanto o número de adeptos das religiões afro-brasileiras e católica diminui, o número de adeptos das religiões protestantes aumenta, da mesma forma que aumentam o número dos que não possuem religião e dos espíritas.
Qual o motivo que estaria afastando as pessoas das religiões ditas afro-brasileiras, neste caso representadas pelo Candomblé e pela Umbanda?
O que estaria motivando as pessoas a seguirem os protestantes, os Espíritas ou deixarem de ter uma religião (o que não significa serem ateus).
Esta reflexão seria interessante, pois poderíamos encontrar um caminho para estimular novos adeptos a religião de umbanda e da mesma forma repensarmos algumas características da umbanda.
b)Outra questão importante é registrar que no último Censo, o número de umbandistas diminuiu, enquanto o número de praticantes do Candomblé teve um pequeno aumento.
Qualquer um percebe que aumentou muito nos últimos anos os chamados Umbandomblés, que infelizmente acabam misturando fundamentos de religiões totalmente diferentes, gerando, em nossa humilde opinião, um monstro sem pés ou cabeças.
Particularmente acreditamos que este pequeno  crescimento do número de adeptos do Candomblé foi em função do aumento das casas de Umbandomblé.
O que motivaria uma pessoa que segue uma religião a procurar outra e ainda querer continuar na antiga?
Seria a falta de fé nos seus guias e protetores?
Seria a falta de conhecimento sobre sua religião?
Seriam interesses financeiros, pois todos sabem que na Umbanda somente se pratica o amparo espiritual de forma gratuita, enquanto no Candomblé existem varias formas de cobranças, através de ebós, trabalhos diversos,  jogos de búzios, etc…
Em 2007 fizemos uma reunião no Núcleo Mata Verde e recebemos a presença de alguns Babás de Umbanda e Candomblé onde tive a oportunidade de conversar com alguns.
Fiquei estarrecido com o que ouvi. Ao perguntar se o Pai comandava um Terreiro de Umbanda ou de candomblé recebi de alguns a resposta: Sou de candomblé mas também “toco” umbanda. (Particularmente não gosto desta expressão “toco umbanda”)
Ao perguntar qual o motivo de fazer esta mistura respondiam  “ o povo gosta”, ou outra resposta muito comum, fiquei com alguns problemas e precisei me fortalecer no candomblé.
Outra resposta muito comum era que “o Santo pediu” para ir para o Candomblé, mas acabei “carregando meu Caboclo e meus Exus” e agora preciso cuidar deles.
Aqui encontramos três questões importantes.
1)Não se deve seguir uma religião porque o povo gosta, da mesma forma que não se segue uma religião para atrair pessoas para cobrar, para viver financeiramente da fé e da carência humana.
Na Umbanda cada Dirigente possui sua profissão, seja ela qual for.
2)É um absurdo você passar por uma fase difícil em sua vida, e neste momento, que você necessita provar a sua fé,  no momento que você precisa mostrar sua “firmeza”, você vai procurar outra religião por achar mais forte que a sua e se submeter a outra pessoa.
Lembramos que estamos nos referindo aos  Dirigentes de Tendas e Terreiros de Umbanda e não a simples participantes ou médiuns iniciantes.
3)Outra questão absurda é você deixar de ser umbandista, ir para o Candomblé e “levar” seus Guias e protetores, e o pior de tudo, ter que cuidar dos seus guias.
Ora meus irmãos, não somos nós que cuidamos dos nossos guias, são eles é que cuidam de nós.
Com toda certeza esta pessoa que não tem fé na Lei da Umbanda e abandona seus Guias e Protetores, Caboclos e Pretos Velhos, não está levando Guia algum para o Candomblé.
Com toda certeza está “levando” um punhado de obsessores ou Kiumbas, que se fazem passar por Caboclos ou Pretos Velhos. Melhor seria dizer que está sendo conduzida por Kiumbas.
4)Quero tocar em mais uma questão delicada  que exige cuidado dos Umbandistas.
Infelizmente existe  no meio das religiões Afro-brasilerias, um movimento político que quer a todo custo relacionar a intolerância religiosa com o preconceito racial e também mobilizar os umbandistas para a questão da homossexualidade ou homoafetividade.
São questões sociais importantes, questões ligadas as liberdades individuas que devem ser discutidas, mas de forma adequada, independentes de religião e nunca relacionando a Umbanda com estas questões.
A Umbanda ensina e nos mostra uma vida espiritualizada, universalista, muito acima de questões materiais, de raças ou preferências sexuais.
Com toda certeza, estes movimentos radicais de minorias estão prejudicando, muito mais que ajudando no fortalecimento da Umbanda.
5)A última questão que acho importante para uma reflexão é a independência da Umbanda de outras religiões ditas de “Matriz Africana”.
Particularmente acredito que para fortalecemos a Umbanda é necessário urgentemente buscarmos a nossa individualidade como religião.
Já mencionei acima que existem diferenças enormes entre culto de Nação e Umbanda.
Culto de Nação tem como característica principal a questão cultural, a preservação da cultura africana, a tradição de um povo, dos seus valores, a valorização dos negros, o que deve ser assim e deve ter o apoio de todos nós brasileiros.
Já a Umbanda é uma religião de origem brasileira, universalista, não vinculada a nenhuma raça e aberta a todos.
Trabalhamos com espíritos que se manifestam em falanges de várias nacionalidades e características, e não somente do povo africano.
O próprio conceito de Orixá que é a parcela africana na umbanda, é interpretado e cultuado na Umbanda de maneira bem diferente do Candomblé ou do culto original africano.
Já passou da hora de termos federações que sejam somente de umbandistas, que se preocupem somente com  questões e interesses umbandistas e outras federações que sejam somente de Candomblé ou Nação e que se preocupem com questões que sejam somente do Candomblé.
Não é possível colocar na mesma mesa assuntos de ambas religiões, pois todos sabemos  que existem fundamentos totalmente diferentes e com todo certeza irão contrariar uma ou outra parte.
Em momentos que se façam necessários poderemos juntar forças, mas que cada uma tenha sua individualidade.
Este assunto é muito longo para ser abordado neste pequeno artigo, em breve estaremos abrindo alguns temas que foram abordados acima em outros textos.
Saravá Umbanda!
São Vicente, 18/05/2013
Manoel Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde
Referências:
“Bye bye, Brasil” – o declínio das religiões tradicionais no Censo 2000

domingo, 19 de maio de 2013

Maria Conga



                                                                             

                                                               História da Vovó Maria Conga


  

15 de abril de 2013   Umbanda
Vovó Maria Conga? De onde ela veio? Angola, Congo, Moçambique, Guiné, Luanda, não importa, pois a sua presença representa um lenitivo para as nossos sofrimentos e uma lição de vida daquela preta velha, que com o seu cachimbo branco, saia carijó, terço de lágrimas de nossa senhora, senta-se em um toco de madeira no terreiro e conta os fatos de sua vida em terra brasileira, começando dizendo que só o fato de podermos conviver com nossos filhos é uma grande dádiva.
Vinda da África distante, filha de Pai Rei Congo e Vovó Cambinda, chegou à Bahia pelos navios tumbeiros a escrava que foi dado o nome de Maria.
Como sua origem era da tribo do Rei do Congo, foi chamada de Maria Conga. Naquele tempo as negras eram coisas e destinadas a cuidar da lavoura, a procriar, a gerar filhos que delas eram afastados muito cedo, até mesmo antes de serem desmamados.
Outras negras alimentavam sua cria ou de outras escravas, assim como tantos outros candengues foram amamentados pela Vovó Maria Conga. Quase todas as mulheres escravas se transformavam em mães; cuidavam das crianças que chegavam à fazenda sem saber para onde foram enviados os seus pais, rezando para que seus próprios filhos também encontrassem alento aonde quer que estivessem.
Os orixás africanos, desempenhavam papel fundamental nesta época. Diferentes nações africanas que antes guerreavam, foram obrigadas a se unir na defesa da raça e todos os orixás passaram a trabalhar para todo o povo negro. As mães tomavam conhecimento do destino de seus filhos através das mensagens dos orixás. Eram eles que pediam oferendas em momentos difíceis e era a eles que todos recorriam para afastar a dor. Vovó Maria Conga para deixar de ser uma reprodutora passou a se utilizar de algumas ervas, e pelo fato de ser uma escrava forte, foi enviada para a plantação de cana, onde a colheita era sempre motivo para muito trabalho e uma espécie de algazarra contagiava o lugar, pois as mulheres cortavam a cana e as crianças, em total rebuliço, arrumavam os fardos para que os escravos os carregassem até o local indicado pelo feitor.
Foi numa dessas ocasiões que Maria Conga soube que um dos seus filhos, afastado dela ainda no período de amamentação, tinha se tornado um escravo forte e trabalhava numa fazenda próxima. Então o amor falou mais forte e seu coração transbordou de alegria e nada poderia dissuadi-la da ideia de revê-lo. Passou Maria Conga a escapar da fazenda, correndo de sol a sol, para admirar a beleza daquele forte negro. Nas primeiras vezes não teve meios de falar com ele, mas os orixás ouviram suas súplicas e não tardou para que os dois pudessem se abraçar e derramar as lágrimas por tanto tempo contidas.
Parecia a ela que eles nunca tinham se afastado, pois o amor os mantivera unidos por todo o tempo. Certa tarde, quase chegando na senzala, à negra foi descoberta. Apanhou bastante, foi acorrentada, mas sempre conseguia passar os seus pés pelos grilhões e não deixou de escapar novamente para reencontrar seu filho. Mais uma vez os brancos a pegaram na fuga, novamente a acorrentaram com os grilhões nos pés e como ela ainda insistisse uma terceira vez resolveram encerrar a questão: queimaram sua perna direita, um pouco acima da canela, para que ela não mais pudesse correr.
Impossibilitada de ver o filho, com menor capacidade de trabalho e locomoção,  Maria Conga começou o seu lamento de dor e passou a cuidar das crianças negras e de seus doentes. De repente, Maria Conga foi encontrada calada, triste, com o coração cheio de tristeza ao saber que seu filho tinha sido morto quando tentava fugir para vê-la. Seu comportamento mudou e de alegre e tagarela passou a ser muito séria, mas sempre cuidava dos escravos doentes e de outros negros que vinham procurar o seu conselho e contava histórias de reis negros para as crianças, de outras terras além mar, onde não havia escravidão.
Um dia os escravos ao procurar pela Vovó Maria Conga dentro da senzala, estranharam o seu sono sereno e o seu semblante alegre ao dormir. Como o sol rompeu e a escrava não acordava os escravos a foram chamar, foi onde houve a surpresa, não encontraram o corpo, pois Maria Conga desencarnou e não mais estava neste plano terrestre, pois Orumilá a havia resgatado, para se tornar mais uma estrela da sua constelação. De nada adiantou os feitores açoitarem os escravos, pois os mesmos não sabiam como explicar o sumiço da escrava Maria Conga. Então os escravos passaram a adorar como uma santa e toda vez que necessitavam das suas curas , entoavam:
Brilhou uma estrela no céu
Oxalá mandou Maria Conga na terra
E lá no mar as ondas batiam, saravando a preta velha Maria Conga da Bahia.”
Autor Desconhecido


A Umbanda e a Sexualidade


                                                         A Umbanda e a Sexualidade

 

O sexo, ato divino responsável pela procriação, pelo prazer, pela encarnação do amor, é algo polêmico no que diz respeito à religiosidade. Algumas religiões consideram algo sujo, impuro, pagão. É hábito dos mulçumanos, por exemplo, retirar o clitóris das mulheres; na igreja católica os padres e madres fazem voto de castidade; em alguns seguimentos evangélicos o corpo não pode ser explorado, tendo a mulher uma roupa apropriada para o ato sexual e dentro da umbanda e
candomblé é comum a expressão ‘corpo sujo’. Mas afinal fazer sexo é sujar o corpo? Por que é importante o resguardo, o preceito de sexo para uma sessão e para determinadas obrigações?

            Fazer sexo não é sujar o corpo, fazer sexo é conhecer o próprio corpo e o corpo alheio, é obter prazer carnal mesclando sentimentos, aumentando laços com quem se pratica. Faz parte da nossa natureza, assim Deus nos criou. Enquanto matéria possuímos desejos sexuais, basta observarmos a natureza, os animais. Porém é óbvio que o mau uso desta energia, energia sexual, pode nos aproximar de espíritos inferiores e nos causar muitos transtornos espirituais. O mau uso se dará a partir do momento em que o sexo for objeto de interesses maiores, distantes dos laços positivos, quando essa energia é usada para destruição ao invés da construção, como profissão, exagerado e/ou sem limites, neste caso a pessoa pode estar sendo vítima de obsessão ou atrairá obsessores viciados e presos à energia sexual até ela.

Mas se o sexo tem toda essa energia positiva, por que ele é proibido antes de trabalhos mediúnicos na umbanda e obrigações? Simples; o sexo traz um gasto de energia física, que poderia ser utilizada pelas entidades em trabalhos sérios, o sexo também traz uma troca de energia com quem se pratica, dessa forma, essa mistura de energia pode ser negativa para um trabalho espiritual, além do sexo nos deixar muito próximos da matéria e longe das energias espirituais por estarmos presos ao prazer do corpo. Dessa forma é regra em algumas casas da religião, o preceito de sexo 24 h antes de uma sessão e após obrigações. O preceito vai de acordo com o tipo delas e também varia de casa para casa. O preceito após obrigações se dá pelo motivo de que neste período as energias boas que estão sendo recebidas pelo espírito e pelo corpo precisam de um certo tempo para serem assentadas, para que os nossos chackras possam ser limpos e revitalizados. A energia sexual nesses casos poderia interromper esse processo, por ser intensa e ligada ao corpo.

Da mesma forma restringimos o uso de carne animal antes de trabalhos e depois de obrigações, para que o corpo esteja o mais ‘leve’ possível. Sabemos bem, que carnes vermelhas demoram a serem digeridas. Muito de nossa energia é gasta nesse processo. É importante ressaltar de que a umbanda não é uma religião ligada à bíblia, enxergamos a bíblia como um livro importante sim, mas devemos estar atentos de que muito escrito nela foi escrito por homens, como nós e é comum quando escrevemos, impor idéias e visões nossas, que muitas das vezes não são as de Deus, certo?! Logo nem a umbanda e nem o candomblé vêem como aberração e pecaminosos relações e relacionamentos sexuais, de quaisquer natureza, hetero ou homossexuais, desde que o respeito e o bom senso imperem. Deus está dentro de nós e a cabeça e a mente de cada um é capaz de julgar o que é certo ou errado; o Divino fala conosco através de nossa consciência. 
Uma observação importante é que cada casa tem seu dirigente e mentor espiritual, por tanto, não é estranho que cada tenda umbandista tenha suas regras e opiniões particulares. 







A AGONIA DA UMBANDA


O título é forte, mas o momento urge providências.
Recentemente participamos de um debate no forum da RBU, onde surgiu novamente o assunto do crescimento ou diminuição do número de praticantes da religião  umbandista.
Achei que seria interessante registrar aqui no Blog de estudos algumas considerações sobre este tema.
Quem é umbandista atuante e não mero frequentador de Terreiros, já teve oportunidade de participar de debates semelhantes sobre esta questão, ou já ouviu de algumas lideranças que  “existem milhões de umbandistas no Brasil”.
Quando buscamos dados mais consistentes sobre o número real umbandistas e as informações obtidas não confirmam a afirmação acima, a resposta é que o método utilizado pelo IBGE no censo é errado, ou que existe muito preconceito sobre a religião e as informações são manipuladas, ou que o Umbandista é preconceituoso e se esconde atrás de outras religiões, como a Católica ou o Espiritismo.
Existem aqueles que ainda se comportam como no mito do avestruz que enterra a cabeça no chão  quando  se sente acuado, não querem saber de nada, se escondem e acham que a umbanda vai muito bem, que os Orixás cuidam de tudo, que tudo é bobagem, perda de tempo etc…
Já faz alguns anos que pesquisamos sobre esta questão, em 2002 escrevemos um texto onde fazíamos um levantamento dos dados estatísticos do IBGE de 1991 e 2000.
Em 1991 segundo dados do Censo existiam no Brasil 648.463 pessoas que se diziam praticantes de Umbanda ou Candomblé, já em 2000 este número se reduziu para 571.329 o que mostrava uma redução significante de 11,89% no número dos praticantes.
Segue abaixo imagens dos dados fornecidos pelo IBGE:
 É interessante registrar que nesta época o número de praticantes do Candomblé era bem inferior ao número de praticantes da Umbanda.
Mesmo com estas informações, que consideramos seguras, técnicas e que servem de base para diversas políticas públicas, nossos irmãos umbandistas continuavam a criticar as informações e  defenderem o “mito” de que existiam milhões de umbandistas no Brasil.
É incrível como as pessoas se iludem e possuem resistência  a aceitar informações reais, positivas e lógicas.Quando da realização do Censo de 2010 fizemos uma verdadeira campanha com vídeos, textos, e-mail´s para que os Umbandistas, que por algum motivo, se escondiam atrás de outras religiões que assumissem que eram Umbandistas e não espíritas ou Católicos.
O resultado do censo 2010 saiu e para nossa decepção, o número de umbandistas continuava a diminuir.
Quando participamos recentemente deste debate no fórum da RBU, fizemos uma pesquisa rápida no Google e localizamos um texto de 2004 do professor  Antônio Flávio Pierucci com o  título de “Bye bye, Brasil” – o declínio das religiões tradicionais no Censo 2000.
O link do texto completo encontra-se no final deste artigo.
Antônio Flávio Pierucci faleceu em junho de 2012, era sociólogo, professor e chefe do departamento de sociologia da  USP, filósofo, autor de vários livros e artigos sobre religião, pesquisador do CEPRAB e secretário geral da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC, ou seja, uma pessoa gabaritada para estudar e falar sobre  as informações fornecidas pelo IBGE.
Neste artigo Pierucci comenta sobre a retração numérica da umbanda, reproduzimos abaixo um pequeno trecho:
“Nos anos de 1960 era comum nos meios intelectuais, acadêmicos ou não, referir-se à umbanda como aquela, dentre as religiosidades afro-brasileiras, que parecia ter sido feita de encomenda não só para os negros, mas “para todos os brasileiros”. The Umbanda is for All of Us é o título de um mestrado defendido na Universidade de Wisconsin pela demógrafa e socióloga paulista Maria Stella Ferreira Levy. Isso foi em 1967.
Nesse mesmo ano, precisamente em 1967, o Serviço de Estatística Demográfica, Moral e Política do Ministério da Justiça informava a quem pudesse interessar que o número de umbandistas no Brasil estava na casa dos 240 mil – 240.088, para sermos exatos – e, além disso, mostrava que os brasileiros frequentadores de centros de umbanda estavam aumentando de forma notável naquela década, quase triplicando, visto que os registros do mesmo órgão para o ano de 1964, só três anos antes, haviam chegado à existência de apenas 93.395 umbandistas. Pelos estudos de Lísias Nogueira Negrão, especialista no tema, a década seguinte é que assistiria, particularmente no período de 1974 a 1976, “o momento culminante do crescimento da umbanda”, religião que se queria “afro” porém “para todos”, noutras palavras: étnica e universal.
Desde que surgiu no Rio de Janeiro na década de 1920, e já nas décadas de 1930 e 1940 começava a se disseminar pelo tecido urbano mais moderno do País, o das cidades grandes da região mais desenvolvida, o Sudeste, a umbanda foi vista como uma religião brasileira; para alguns, a religião que melhor encarnava a tradição sincrética nacional. A perspectiva da construção de uma identidade nacional esteve sempre à mão entre os intelectuais, pelo menos desde a República, o que desde logo favoreceu toda uma boa vontade com a umbanda. Afirmativamente afro e marcantemente popular, ela não se fechava etnicamente em sua negritude, mas se oferecia brasileiramente a todos os brasileiros. Pensava suas raízes como plenamente brasileiras e não simplesmente africanas. E povoava o panteão de deuses africanos, os orixás, com suas “linhas” de espíritos desencarnados de personagens tipicamente brasileiros: índios, caboclos, baianos, boiadeiros etc. O africanismo brasileiro em sua forma umbandista desde sempre se apresentou e se representou como uma “mistura típica”, “bem nacional”, de ingredientes de proveniência diversa, porém, ressignificados como autóctones. Isso o imunizou de qualquer pudor de embarcar nas diferentes ondas de nacionalismo cultural que se manifestariam em nossa história republicana a partir dos anos de 1930.
Apesar da incensada “brasilidade” da umbanda, apesar do desejado impacto demográfico que aos olhos dos estudiosos sua recepção mereceria ter para ela assim consolidar-se no concerto (multi)cultural das religiões em nosso País, ela começou a entrar em refluxo já na década de 1980. É o que informa Lísias Negrão. E desde então, ao que tudo indica, não parou mais de encolher aos poucos, recolhendo-se pouco a pouco, em sua fragilidade e modéstia.
A Tabela 4, que reúne dos três últimos censos demográficos as porcentagens referentes aos principais conjuntos religiosos, comparece neste artigo antes de tudo pela informação agregada que fornece a respeito das religiões afro-brasileiras. Impactados desde a Tabela 2 pelas diminutas cifras com que tanto a umbanda quanto o candomblé se mostram no censo 2000, vemos agora pela Tabela 4 que a perda de seguidores no conjunto dos cultos afro-brasileiros é lenta, gradual e contínua nas duas últimas décadas do século XX.
Dos 0,57% de brasileiros que declaravam pertencer à umbanda ou ao candomblé em 1980, apenas 0,44% o fazem em 1991 e em 2000 ainda menos: 0,34%.
A partir de 1991, quando o IBGE passou a separar umbanda de candomblé, tornou-se possível discernir qual das duas está perdendo terreno: é a umbanda, que cai de 541.518 em 1991 para 432.001 seguidores em 2000 (uma perda superior a cem mil adeptos), enquanto o candomblé, no mesmo período cresce de 106.957 para 139.329 participantes (um acréscimo superior a trinta mil adeptos). “
Confirmamos pelo artigo do professor Pierucci o que já tínhamos afirmado em 2002, o número oficial de umbandistas vem caindo gradativamente e para nós que somos umbandistas, que sabemos da beleza e da profundidade de conhecimentos e espiritualidade que esta religião possui, não podemos ficar inertes neste momento.
É preciso chamar mais uma vez os verdadeiros umbandistas a reflexão e a uma tomada de posição.
Vale destacar, do que foi apresentado acima, alguns questões para reflexão e possível mobilização por partes dos interessados, que neste caso somos todos nós umbandistas.
a) Enquanto o número de adeptos das religiões afro-brasileiras e católica diminui, o número de adeptos das religiões protestantes aumenta, da mesma forma que aumentam o número dos que não possuem religião e dos espíritas.
Qual o motivo que estaria afastando as pessoas das religiões ditas afro-brasileiras, neste caso representadas pelo Candomblé e pela Umbanda?
O que estaria motivando as pessoas a seguirem os protestantes, os Espíritas ou deixarem de ter uma religião (o que não significa serem ateus).
Esta reflexão seria interessante, pois poderíamos encontrar um caminho para estimular novos adeptos a religião de umbanda e da mesma forma repensarmos algumas características da umbanda.
b)Outra questão importante é registrar que no último Censo, o número de umbandistas diminuiu, enquanto o número de praticantes do Candomblé teve um pequeno aumento.
Qualquer um percebe que aumentou muito nos últimos anos os chamados Umbandomblés, que infelizmente acabam misturando fundamentos de religiões totalmente diferentes, gerando, em nossa humilde opinião, um monstro sem pés ou cabeças.
Particularmente acreditamos que este pequeno  crescimento do número de adeptos do Candomblé foi em função do aumento das casas de Umbandomblé.
O que motivaria uma pessoa que segue uma religião a procurar outra e ainda querer continuar na antiga?
Seria a falta de fé nos seus guias e protetores?
Seria a falta de conhecimento sobre sua religião?
Seriam interesses financeiros, pois todos sabem que na Umbanda somente se pratica o amparo espiritual de forma gratuita, enquanto no Candomblé existem varias formas de cobranças, através de ebós, trabalhos diversos,  jogos de búzios, etc…
Em 2007 fizemos uma reunião no Núcleo Mata Verde e recebemos a presença de alguns Babás de Umbanda e Candomblé onde tive a oportunidade de conversar com alguns.
Fiquei estarrecido com o que ouvi. Ao perguntar se o Pai comandava um Terreiro de Umbanda ou de candomblé recebi de alguns a resposta: Sou de candomblé mas também “toco” umbanda. (Particularmente não gosto desta expressão “toco umbanda”)
Ao perguntar qual o motivo de fazer esta mistura respondiam  “ o povo gosta”, ou outra resposta muito comum, fiquei com alguns problemas e precisei me fortalecer no candomblé.
Outra resposta muito comum era que “o Santo pediu” para ir para o Candomblé, mas acabei “carregando meu Caboclo e meus Exus” e agora preciso cuidar deles.
Aqui encontramos três questões importantes.
1)Não se deve seguir uma religião porque o povo gosta, da mesma forma que não se segue uma religião para atrair pessoas para cobrar, para viver financeiramente da fé e da carência humana.
Na Umbanda cada Dirigente possui sua profissão, seja ela qual for.
2)É um absurdo você passar por uma fase difícil em sua vida, e neste momento, que você necessita provar a sua fé,  no momento que você precisa mostrar sua “firmeza”, você vai procurar outra religião por achar mais forte que a sua e se submeter a outra pessoa.
Lembramos que estamos nos referindo aos  Dirigentes de Tendas e Terreiros de Umbanda e não a simples participantes ou médiuns iniciantes.
3)Outra questão absurda é você deixar de ser umbandista, ir para o Candomblé e “levar” seus Guias e protetores, e o pior de tudo, ter que cuidar dos seus guias.
Ora meus irmãos, não somos nós que cuidamos dos nossos guias, são eles é que cuidam de nós.
Com toda certeza esta pessoa que não tem fé na Lei da Umbanda e abandona seus Guias e Protetores, Caboclos e Pretos Velhos, não está levando Guia algum para o Candomblé.
Com toda certeza está “levando” um punhado de obsessores ou Kiumbas, que se fazem passar por Caboclos ou Pretos Velhos. Melhor seria dizer que está sendo conduzida por Kiumbas.
4)Quero tocar em mais uma questão delicada  que exige cuidado dos Umbandistas.
Infelizmente existe  no meio das religiões Afro-brasilerias, um movimento político que quer a todo custo relacionar a intolerância religiosa com o preconceito racial e também mobilizar os umbandistas para a questão da homossexualidade ou homoafetividade.
São questões sociais importantes, questões ligadas as liberdades individuas que devem ser discutidas, mas de forma adequada, independentes de religião e nunca relacionando a Umbanda com estas questões.
A Umbanda ensina e nos mostra uma vida espiritualizada, universalista, muito acima de questões materiais, de raças ou preferências sexuais.
Com toda certeza, estes movimentos radicais de minorias estão prejudicando, muito mais que ajudando no fortalecimento da Umbanda.
5)A última questão que acho importante para uma reflexão é a independência da Umbanda de outras religiões ditas de “Matriz Africana”.
Particularmente acredito que para fortalecemos a Umbanda é necessário urgentemente buscarmos a nossa individualidade como religião.
Já mencionei acima que existem diferenças enormes entre culto de Nação e Umbanda.
Culto de Nação tem como característica principal a questão cultural, a preservação da cultura africana, a tradição de um povo, dos seus valores, a valorização dos negros, o que deve ser assim e deve ter o apoio de todos nós brasileiros.
Já a Umbanda é uma religião de origem brasileira, universalista, não vinculada a nenhuma raça e aberta a todos.
Trabalhamos com espíritos que se manifestam em falanges de várias nacionalidades e características, e não somente do povo africano.
O próprio conceito de Orixá que é a parcela africana na umbanda, é interpretado e cultuado na Umbanda de maneira bem diferente do Candomblé ou do culto original africano.
Já passou da hora de termos federações que sejam somente de umbandistas, que se preocupem somente com  questões e interesses umbandistas e outras federações que sejam somente de Candomblé ou Nação e que se preocupem com questões que sejam somente do Candomblé.
Não é possível colocar na mesma mesa assuntos de ambas religiões, pois todos sabemos  que existem fundamentos totalmente diferentes e com todo certeza irão contrariar uma ou outra parte.
Em momentos que se façam necessários poderemos juntar forças, mas que cada uma tenha sua individualidade.
Este assunto é muito longo para ser abordado neste pequeno artigo, em breve estaremos abrindo alguns temas que foram abordados acima em outros textos.
Saravá Umbanda!
São Vicente, 18/05/2013
Manoel Lopes – Dirigente do Núcleo Mata Verde
Referências:
“Bye bye, Brasil” – o declínio das religiões tradicionais no Censo 2000